quinta-feira, 6 de novembro de 2014

VI


...Em busca da luz interior, o nosso ego acabou por se encontrar surpreendido por uma imensidão luminosa, mas esta de origem solar, a atingir-lhe violentamente a cara: apercebera-se que tinha acabado de abrir os tapassóis da sala onde jazia um sofá-cama deveras confortável (quando comparado àquilo a que está habituado um festivaleiro), onde era suposto ter dormido. Ofuscado pelo clarão e desorientado por aquelas transições sombra/luz, noite/dia, alucinação/sobriedade... ele dificilmente conseguia encontrar um encadeamento lógico que lhe servisse para estruturar aquele misterioso episódio da sua vida, ou sequer ter a certeza do dia e das horas que correspondiam àquele momento temporal.
Era este afinal o dia do concerto - veio a saber pelos amigos, que acordaram pouco tempo depois. Ficara estupefacto (tentando não o transparecer). Nada comentou com eles acerca da sua jornada: a mais ninguém era permitido compreender...

Fora tudo apenas um sonho? (Resta a dúvida - que será sempre incógnita...)

(Sobre matéria e espírito parece-me já termos alcançado interessantes conclusões, um assunto por natureza impossibilitado de alguma vez ser dado por concluído. Parece-me  que a grande questão que agora emerge é a seguinte: "Quanto da imaginação é realidade e quanto da realidade é ficção?)

Já no concerto, enquanto se deliciava com a presença da tal banda lusitana - assim como do resto da multidão e da "malta do staff" -, o ego surpreendeu-se quando, ao dar uma vista de olhos pela plateia, reparou em alguém que estava munido com um traje sugestivo ao famoso conto da Alice no País das Maravilhas: era o Coelho Branco.

(apenas) Sorriu, de si para si.


FIM

terça-feira, 21 de outubro de 2014

V


Por entre a mata vagueava esse nosso ego, iluminado pela escuridão psicadélica e embalado pela sinfonia que os grilos orquestravam sobre o silêncio dessa noite em que até as estrelas pareciam celebrar o sono na sua luminosa dança lenta (as estrelas dançam slows). Não conseguia entender como fora encontrar-se perdido no meio dos arbustos... Apenas a lua quasecheia, que o fitava com um olhar melancólico, conferia alguma clareza ao seu caminhar e o impedia de andar à cabeçada com todas as árvores que lhe aparecessem à frente. Lá do alto, esse astro ancestral insistia em lembrar-nos que cada matéria iluminada, ao reflectir luz, gera igualmente sombra: escuridão; para que nunca nos olvidemos que os opostos complementam-se.
Cansado de deambular, sentou-se em posição meditativa e colocou, com alguma demora e dificuldade, música a tocar no telemóvel. Não irei ocultar: fora, obviamente, a “perfeita” (segundo o seu juízo estético-artístico-musical) Lateralus (Tool) que o ego escolhera para o guiar de encontro a si-mesmo.
Fechando os olhos sentia uma energia imensa a despertar todo o seu ser, que se movimentava em sentido ascendente e intensificava-se à medida que a música ia ganhando pujança. Ele estava completamente consciente do desenrolar de todo este processo, apesar de nada conseguir ver, ouvir, tocar, cheirar, provar, ou mesmo pensar, no que diz respeito àquele fenómeno propriamente dito; estava apenas lá: testemunhando-se. Quando o som explodiu para expor as graças do seu apogeu, o ego sentiu-se como que atingido, de forma instantânea, por uma flecha muito fina, que o teria trespassado à velocidade da luz justamente um pouco acima do intervalo das suas sobrancelhas até perfurar metade do seu cérebro e atingir o seu núcleo, onde estancaria; porém, o “projéctil” emitia ainda uma enorme quantidade de energia, que se estendia por todo o seu corpo-alma. 
O nosso ego encontrava-se, agora, completamente renovado… Ergueu-se. Observou o céu; percorreu visualmente cada uma das estrelas… Fitou demoradamente a Lua: esta já não permanecia imbuída na melancolia; pelo contrário, enviava-lhe agora do espaço (tão perto e tão) longínquo um prolongado sorriso de compaixão astral.
Suou lágrimas pela face e não as limpou: deixou-as nutrirem o solo. Uma delas foi cair sobre o seu esquerdo pé descalço, de onde reparou estar a seu jorrada uma substância de tonalidade azul-marinho, como que de uma pequena cratera que se abrira num dos seus membros inferiores. Esse néctar escorria-lhe para a terra e fundia-se com o solo… 

E.
(de si para si)  Estarei a desfragmentar-me?

O ego meditava sobre o que afirmara Salman Rushdie, na voz de uma de suas personagens do livro proibido: ‘Para se nascer de novo, é preciso morrer primeiro’. Nesta altura da jornada já rezava, em arrebento, a Reflection (outra obra-prima do mesmo albúm): ‘Crucify the ego before its far too late, leave behind this place so negative and blind and cynical. And you will come to find that we are all one mind, capable of all that’s imagined and all conceivable. Just let the Light touch you, and let the Word spill through, and let It pass right through, bringing out our hope and reason… Before we pine away.’ 
A sugestão luminosa proveniente da música incentivavao agora a intrigava-se com uma essa luz que se fazia contrastar, ao longe, com escuro da noite e que ele desconfiava provir de uma tenda de campismo de festivaleiros, ou ter uma origem ainda mais fantástica... Foi de encontro ao (que suponha ser) “ouro".

(...)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

IV


O mundo material que emergia no seu campo de visão era como que uma expressão directa do seu íntimo mundo mental - da "sua" consciência - tanto que este, tal como os seus pensamentos e desejos, permanecia em constante mutação.

K.
(com uma voz que ecoava em pano de fundo, ressoando por todo e qualquer lado e tornando a sua origem inplausível  de ser identificada numa localização específica: era a voz da omnipresença, o mais aproximado à sintonia divina que homem algum teve a permissão de captar) 
 A mente não pode ser separada do corpo, assim como o espírito não pode ser isolado da matéria: são ambos distintas faces da manifestação de Una mesma Inteligência. Essa universal.
Hoje em dia os homens parecem crescer com a tendência materialista de procurar nos prazeres mundanos o seu antídoto (pseudo-)espiritual; confundindo prazer com felicidade, possessão com completude, e acabando desiludidos com o vazio que só pode restar numa casa atulhada de coisas supérfluas cobertas de espessas camadas de pó como consequência de negligência doméstica.
Foram-me dados a conhecer, no entanto, homens que, por seu lado, nada queriam com o mundo terreno e renunciavam a tudo o que consideravam "mundano" prescindível à mais modesta das existências, pois consideravam todo o conteúdo dessa dimensão da realidade algo corrompido, impuro e de natureza "anti-espiritual"; acabando por, depois de tanta pretensão para atingir o lendário "Reino dos Céus", viver sem nunca ter desfrutado daquilo que a vida tem para oferecer e terminando por morrer com a impressão, que logo se torna certeza, de nunca ter realmente vivido.

E.
(que ouvira o bicharoco com atenção e espanto)
No secundário, um professor meu lançou uma questão à qual ninguém soube responder coerentemente: "Quanto da matéria é espírito, e vice versa?", evocando um poema de Álvaro de Campos em que o heterónimo pessoano faz apologia à tese: "a melhor maneira de viajar é sentir".

K.
Não será o espírito superior à matéria, essa dimensão "mundana" da realidade? "O espírito pertence ao Reino dos Céus - é etéreo e puro", afirmam os devotos da ascensão espiritual. "O espírito é incorruptível. A matéria está condenada a apodrecer, ruir, deteriorar-se, entregando-se às violações características da acção do tempo", no silêncio fatal do seu passar - acrescento eu. Ou serão antes duas dimensões complementares e indissociáveis da Realidade única? Podemos sintetizar uma, em isolamento face à outra, como se de substâncias de naturezas completamente distintas se tratassem, participantes em teias de fenómenos que nenhuma ligação mantêm entre si? Claro que não. A matéria está contida no espírito tanto quanto o espírito está contido na matéria: são formas de manifestação qualitativamente diferentes da mesma Entidade.

E.
Qual entidade?

K.
Que pergunta desnecessária... Existe apenas uma Entidade.

E.
Acho que entendi o alcance das suas palavras. Na minha terra chamam-lhe "Deus" (eu não lhe chamo coisa nenhuma, pois ele nunca se me apresentou).

K.
Muahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah...
(o riso maléfico mais celestial que alguma ouvira)

...E aquele universo alucinatório desfez-se.

(...)

domingo, 28 de setembro de 2014

III


E.
(completamente desorientado)
Para onde foi essa gente toda num (literal) abrir e fechar de olhos?

Ao olhar em volta para tentar detectar vivalma naquele breu nocturno, o ego nada percepcionou além de um veloz vultobranco que lhe atravessara o campo visual sem lhe permititr reconhecer de que criatura se tratava. Ao deslocar a visão em direcção ao palco, o ego conseguiu perceber que a sua atenção tinha sido provocada por o passar de um coelho branco, que, efervescido pela pressa, subia agora rapidamente o palco e desaparecia por detrás do equipamento de som.
Decidiu segui-lo...
Trepou, também ele, o palco. Olhou em volta, por entre os instrumentos... Fora atrás da bateria que encontrara aquela grotesca e inquietante criatura, que, sem dó nem piedade, bebericava a cerveja que, derramada de uma garrafa abandonada (provavelmente pelo percurssionista), formava no chão uma poça amarelada, como que a desfrutar do pecado da desumanização e a consumir a vergonha de constituir a escória do reino-animal (segundo o próprio evangelho social). O desinteresse desse estranho pela presença do humano foi demonstrado nitidamente pela expressão que esboçou no seu corpo asqueroso como resposta instintiva ao factode se ter dado conta de ali ter aterrado uma prestensa companhia: continuou a deliciar-se com a urina dos deuses, ignorando tudo o resto.

E.
Que raio de criatura és tu? Não me digas ter sido tu quem devorou essa gente toda!? Pela sede com que aparentas estar não ficaria admirado que mo confirmasses a suposição.

K.
Eles nunca o foram, como eu não o sou. O que era e o que é mais não são do que construções de ti para ti, de forma a entenderes-te a ti próprio, e para os outros, de forma a despistá-los a eles e, muito provavelmente, a ti-mesmo, pobre humano. Tudo isso é uma completa perda de tempo.

E.
Que resposta sinistra... Achas-te o quê? O animal de estimação do Buda?

K.
O meu mestre é o Presente. É esse o presente máximo: a dádiva eterna.

E.
E se eu te presenteasse com um espezinhamento, como é comum na minha terra fazerem às criaturas repugnantes como tu, que seria do teu "Presente", a tal "dádiva eterna"?

K.
Obviamente, o Presente continuaria a existir. Ele é-O independente de mim, ou de ti, ou de qualquer outro ser - se é que existe multiplicidade de seres. Ele não é um presente que se possa possuir; e é por essa razão que eu o chamo simplesmente "Presente", ao invés de "meu presente" ou "teu presente". Porque o presente contém e transcende a combinação de todos os "presentes individuais" - presentes ilusórios. Na minha ausência, a arealidade continuaris a a existir como o Presente que é, com uma única diferença: sem mim nela incluído.

E.
As tuas ideias são deveras peculiares, mas não posso afirmar que careçam de sentido. Por mais surreal que esta noite esteja a ser, não esperava encontrar um inscto filósofo-místico que me ajudasse a explandir a minha mente.

K.
Quem te vai ajudar a expandir a tua mente não sou eu, és tu!...


O insecto envolveu a totalidade do corpo do ego, conbrindo-o na sua totalidade com um manto negro e alastrando-se pela sua superfício como um cancro devastador... Até que essa possessão terminou com o estancar do movimento do ego num vácuo de inércia, presenteando-o com um negrume tão imenso que ele já não podia ter a certeza se caía ou se flutuava. Momentos depois desse ritual negro, começavam a compor-se as cores que iam pintando o aspecto de uma(s) nova(s) realidade(s).

(...)

sábado, 27 de setembro de 2014

II


Vinte minutos depois de a banda ter começado a tocar...

E.
Estou a sentir o meu estômago a comportar-se de uma forma esquisita

P.
Isso já passa,

Quinze minutos depois...

E.
Estou a sentir as coisas a comportarem-se de uma forma esquisita.

P.
Caalma...

Dez minutos depois...

E.
Estou a sentir tudo extremamente esquisito!!!

P.
Ahahahahahahahahah...!

As sensações "esquisitas" que afirmava sentir derivavam de uma hipersensibilidade que nunca antes tinha experienciado. A música, que a banda lusitana reproduzia com talento, tomava conta dele; porém, em perfeita concordância que aquilo que representava a sua mais íntima vontade: cada vibração de cada nota de cada instrumento era absorvido e desfrutado pelo seu corpo-alma - mais que ouvida, a música era vivida. As distorções sonoras modificavam igualmente o espaço, que começava a ganhar os contornos próprios de uma lente olho-de-peixe; e o cenário visual ia-se metamorfoseando subtilmente: as ténues luzes brancas do palco maioritariamente escuro confundiam-se com o brilho das estrelas que faziam brilhar o breu celeste. E ele encontrava-se em plena simbiose com tudo aquilo, atingindo um estado de êxtase que transcendia qualquer experiência pela qual já tinha passado e o aproximava do transe dos iluminados. Ele respirava música, suava música - ele era constituído por música, dos calos dos pés às pontas estragadas dos seus cabelos; ele e todos aqueles veneradores d' A Música, também esses feitos de música, assim como cada uma daquelas estrelas melodiosas dependuradas na pauta musical que é o céu nocturno.

E.
(com um ar surpreso, que misturava, de forma peculiar, comicidade com aflição)
Acho que me minaram!

P.
Ahahahahahahah...!
(riso que resultava de uma combinação de espanto com troça)

Aquele riso arrastava-se-lhe como que em uma espiral que lhe penetrava ambos os ouvidos em perfeita sincronia, envolvendo-lhe o cérebro, e parecendo-lhe ecoar num espaço tão longínquo que chegava a soar intemporal, ou, se se preferir, eterno.
O ego cerrou as pálpebras... O negrume que, em ocasião de olhos fechados, substitui o lugar da visão ocular do mundo enchia-se de coloridos padrões que se metamorfoseavam, embalados pela melodia psicadélica, num fluxo contínuo, degenerando incríveis mutações de onde emergiam sugestivos símbolos ('sinais'?)

E.
Uauuu...!
(exclamou de si para si)
Vamos experimentar o Mantra por excelência: Aummmmmm ()...

E a (sur)realidade ia-se compondo e recompondo sobre o fundo negro do seu cerrar de olhos, sem nenhum esforço nem resistência da parte de alguém que poderia apenas ser ele-mesmo...
Quando finalmente decidiu abrir os olhos, nada faltava no festival para ser visto: exceptuando toda e qualquer presença humana! A multidão tinha-se evaporado! Assim como toda a banda e a "malta do staff". O ego encontrava-se (novamente) entregue a si-mesmo.

(...)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

I


Já no festival...

(Cenário verdejante característico do extremo litoral norte do país (Portugal). Grades a delimitar todo o contorno do recinto; barracas de comes-bebes e venda de merchandising das bandas/evento espalhadas pelo seu interior. De um dos lados mais curtos do rectângulo que confere forma ao recinto localiza-se a entrada(/saída), onde várias barreiras de metal marcam as faixas de passagem interior-exterior e vice versa; mesmo de frente para esta, no outro lado mais estreito do mesmo rectângulo, localiza-se o palco principal, de um tamanho considerável, reservado às bandas que apresentariam os shows nocturnos. A noite era limpa, com as estrelas descobertas pela noite, e clara, com a Lua a alumiar-se quase na sua integralidade.)

Os dois camaradas esticavam-se sobre o conforto da relva do recinto, aproveitando o intervalo entre os concertos para relaxar.

Ego
(apoiando os cotovelos sobre a relva para conseguir erguer um pouco a cabeça dace ao monopólio visual que detinha a multidão)
A próxima banda é tipo o quê?


P.
(enquanto penteava a longa barba negra com a mão diireita, como quem amacia os pensamentos)
Tens que ouvir para descobrires. Tudo o que eu te disse sobre o seu som tornar-seà insignificante quando a banda começar a tocar, e tu a ouvir... e a aplaudir! Sim, porque tenho a certeza que terás razões de sobra para aplaudir.

E.
Até agora não tem havido desilusões.
(de si para si:)
Também não haviam muitas expectativas, visto não estar, à partida, familiarizado com a grande maioria das bandas que iriam actuar.

A amiga repórter, que entretanto tinha ido resgatar o seu colega fotógrafo à piscina junto à qual tinham decorrido os concertos diurnos, regressara na companhia do seu colega de trabalho. Cumprimentaram-se os amigos-dos-amigos e sentaram-se em reunião fraterna.

C.
(tentanto dar corda à conversa)
Então... preparados para a próxima vaga de concertos?

E.
Nós estamos sempre prontos para a rockalhada! Mas ainda tenho que me preparar melhor: vou fazer aquele cigarrinho... Eheh!

P.
(seguido daquele risinho rápido que sugeria um: " eu já sabia...")
E eu buscar finos para cada um destes sedentos.
(levantou-se, deu umas quantas palmadas vigorosas no próprio rabo (vestido) com a intenção de limpá-lo; concluiu que aquele não constituia um método eficaz - e que o único remédio seria mesmo lavar as calças, de preferência com o auxílio de uma máquina apropriada -; desisti: pegou em si e seguiu em direcção às barracas de cerveja.)

Quando o cigarrinho ficara pronoto para acompanhar as imperiais geladas que sustinham entre os punhos das mãos direitas, levantaram-se e seguiram por entre a multidão, para junto do palco onde a banda portuguesa se preparava para orgulhar os seus compatrioras. O fotógrafo precipitou-se para a frente esquerda, onde os restantes adivinhavam incidir uma brisá gélida; estes últimos preferiram o calor humano.
Três sujeitos, com um aspecto facilmente confundível com qualquer um daqueles festivaleiros que compunham a plateia, subiram ao palco; cada um ocupando as suas respectivas posições: bateria, guitarra e baixo (havia ainda um sintetizador que seria utilizado tanto pelo baixista como pelo guitarrista, dependendo da ocasião, ao desenrolar do espetáculo). Não havia equipamento vocal, pois seria um concerto integralmente instrumental: os instrumentos cantariam, em lugar da voz humana. 
Õs intérpretes apresentavam uma melodia altamente atmosférica e psicadélica, recheada com longos riffs de guitarra e com a presença constante de um baixo muito bem trabahado, que não permitia que a banda seguisse a tendência da afirmação exagerada da guitarra sobre os restantes instrumentos de cordas que a grande maioria das bandas de rock sempre apresentou. Era o tipo de música perfeito para uma viagem interestelar, como nos sugeria o iluminado céu nocturno.

(...)

Intro




All that you touch
And all that you see
All that you taste
All you feel
And all that you love
And all that you hate
All you distrust
All you save
And all that you give
And all that you deal
And all that you buy
Beg, borrow or steal
And all you create
And all you destroy
And all that you do
And all that you say
And all that you eat
And everyone you meet
And all that you slight
And everyone you fight
And all that is now
And all that is gone
And all that's to come
And everything under the sun is in tune
But the sun is eclipsed by the moon
'There is no dark side of the moon really. Matter of fact it's all dark.'
- "Eclipse" (Dark Side of The Moon), Pink Floyd